Para o Corinthians, a tarefa de tentar
vencer a Copa Libertadores é, antes de tudo, uma luta contra seus
próprios fantasmas. E nesta edição, a história não é diferente. O time
corintiano entra em campo nesta quarta-feira, a partir das 21h50, para
enfrentar o Emelec, em Guayaquil (Equador), pelas oitavas de final do
torneio, uma fase que não conseguiu ultrapassar nas últimas quatro vezes
que disputou a competição continental.
A última vez que o Corinthians passou
das oitavas de final da Libertadores foi em 2000, para depois cair
diante do Palmeiras na semifinal. Após essa campanha, disputou outras
quatro edições da competição. Em 2003 e em 2006, seu carrasco foi o
River Plate. Nas duas eliminações, depois de grande investimento em
contratações caras para formar um time com calibre para ser campeão
continental pela primeira vez na história, a torcida se revoltou com a
queda precoce e crises se instalaram no Parque São Jorge.
Depois dessas decepções, o Corinthians
só voltou à Libertadores em 2010. Mas, no ano do centenário, a sorte não
colaborou para que o time passasse das oitavas de final. O confronto
logo na primeira rodada do mata-mata foi contra o Flamengo. Uma vitória
para cada lado marcou a disputa, mas o time carioca passou por ter feito
um gol fora de casa e frustrou as esperanças corintianas de quebrar a
escrita e chegar ao sonhado título. Mas, ao contrário das outras vezes, o
esforço da equipe foi reconhecido pela torcida, que o aplaudiu mesmo
depois da queda no Pacaembu.
No ano passado, porém, a pressão pela
eliminação precoce do Corinthians no torneio voltou a provocar irritação
nos torcedores. Ao nem sequer conseguir entrar na fase de grupos,
depois de ser eliminado na fase preliminar da Libertadores pelo
inexpressivo Tolima, da Colômbia, o time sentiu a fúria de torcedores,
que chegaram até a depredar carros e a cobrar os atletas na porta do CT.
O técnico Tite, no entanto, tem se
esforçado bastante para tranquilizar o Corinthians e para afastar de sua
equipe os traumas dos fracassos do passado. Ele já avisou até que a
derrota para o Tolima, sob seu comando, serviu de aprendizado para 2012.
“Sabemos que temos mais uma grande responsabilidade agora, contra o
Emelec. É inevitável ficar ansioso pela grandeza da competição, mas
também estou sereno porque temos ambição e podemos produzir bem no
Equador”, discursou.
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