Na metade da década de 90, o futebol brasileiro viu Grêmio e Palmeiras formarem uma rivalidade que pouco tinha a ver com rixas locais. A disputa entre os dois times se fez pela qualidade das equipes, que entre 1995 e 1996 se enfrentaram em mata-mata por Copa Libertadores da América, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Do lado gaúcho estava Luiz Felipe Scolari, e do lado paulista havia Vanderlei Luxemburgo.

Dezesseis anos depois, muita coisa mudou. A partir desta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Olímpico, Grêmio e Palmeiras voltam a se encontrar em um mata-mata, desta vez a semifinal da Copa do Brasil, mas sem times badalados. Os rivais que protagonizaram confrontos memoráveis nos anos 90 buscam em 2012 firmar os times e mostrar que Scolari e Luxemburgo - agora em equipes invertidas - ainda merecem ser considerados entre os melhores treinadores do País.

"Eram jogos memoráveis. Era a grande rivalidade do futebol brasileiro. O Palmeiras com um timaço, seleção de craques, e o Grêmio sempre endurecendo com seu trabalho tático. Eram jogos em que a gente sabia que estavam os melhores do futebol brasileiro. Não tinha previsão de vitórias. Eram jogos realmente fortes, difíceis e a maioria das vezes terminava em briga", lembrou, Paulo Nunes, ídolo das duas torcidas, mas que naquela época defendia a camisa do Grêmio.

O ex-atacante participou dos três emocionantes encontros ocorridos em meados da década retrasada. O primeiro ocorreu na Copa Libertadores de 1995, pelas quartas de final. No primeiro jogo, o Grêmio de Scolari, que seria campeão, atropelou o Palmeiras - então treinado por Carlos Alberto Silva - no Olímpico, obtendo uma vitória por 5 a 0. Na partida de volta, o gol de Jardel (que já havia marcado três vezes no encontro de ida) garantiu a vaga na derrota por 5 a 1 no Parque Antártica.